Você tem brio?

Provocações a partir de um vídeo do Professor Clóvis de Barros Filho.

Uma admiração pessoal pelo professor Clovis de Barros Filho, sobre a importância da força de vontade noo desenvolvimento do pensamento e da capacidade de pensar, da capacidade intelectiva. Ele, na objetividade do termo usa a expressão BRIO,  provocando seus alunos à leitura das 3 primeiras páginas de uma obra Kantiana (no caso, Fundamentos da Metafísica dos Costumes).

Na ocasião, ele discorre sobre o que é ter brio, ter vontade de ir além, ser curioso, não ser acomodado, de transcender as fronteiras que até então existem no pensamento de cada pessoa. Muita gente quando se depara com pensadores como Kant, especialmente diante de um título como esse, se assusta. E, talvez, mesmo antes de tentar, pensa: "não, isso nunca vou entender, não é pra mim".  

E é justamente aqui que se encaixa como uma luva a provocação do nobre docente. Um conceito de nome tão antigo como brio tem tudo a ver com o que tanto se fala hoje, de propósito, de inovação, de criação de empresas, de conquista de espaço, de superação dos próprios limites. É o desafio que faz brilhar os olhos de boa parte daqueles que vibram a cada conquista. E o desafio tem por trás o que? O brio, o orgulho, a crença de achar que se alguém pôde, em algum momento, então "eu posso também vencer"! Se alguém fez, "eu também posso fazer"! Aí existe brio: um orgulho de vir a ser capaz de entender, de fazer, de lutar, de não se entregar, de conquistar. Atingir o sucesso, seja o que isso signifique para uma pessoa. Não se pode vencer uma pessoa que não desiste nunca!

Assim, no conceito de "ainda não consegui" tem um grande aprendizado: não consegui porque ainda não fiz tudo que está ao meu alcance... não consegui porque talvez esteja tentando do jeito errado... não consegui, porque talvez não esteja seguindo os passos de quem conseguiu. Isso tem tudo a ver com o que, ou quem você está imitando. Seguir os passos de quem conseguiu é um bom caminho para tentar mais uma vez. É óbvio que não estou dizendo que o bom é fracassar. Porta na cara é algo muitas vezes doloroso. Mas, quando beijar a lona, que se aprenda com a queda. Primeiro, a ser mais humilde, entender seus limites naquele momento. E depois, que observe o processo e as circunstâncias que levaram ao "fracasso" e analise, reflita e terá um valioso aprendizado, às vezes maior do que se tivessem tido sucesso.

Então encerrando, sempre é preciso ter brio, propósito, decisão e atitude. Pode dar o nome que quiser, um mais antigo, outro mais atual, mais inovador. Mas, na essência, seres humanos que se diferenciam na humanidade são aqueles que têm brio. Tenha brio! E, se quiser, comece pelas três primeiras páginas de Fundamento da Metafísica dos Costumes, de Kant. Depois, me conta como foi.

Em suma, quero que você entenda que o que está em jogo não é "o que você quer", e sim "QUANTO você quer", quanto você está disposto a entregar para alcançar um sonho. Isso diz respeito a sonho, e SONHO NÃO SE NEGOCIA!

Se você ficou curioso com a origem dessa provocação, assista ao vídeo do professor Clóvis. Clique aqui.